terça-feira, 25 de setembro de 2007

SERÁ VERDADE?


“Os cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e sexualmente imorais com a mesma propensão que o mundo em geral”. Michael Horton



Era uma vez uma grande religião que, com o passar dos séculos, se espalhou por todo o mundo. Mas nos lugares onde ela existia por mais tempo, seus adeptos foram aos poucos se tornando complacentes, mornos e céticos. Aliás, muitos líderes dos grupos mais antigos chegaram até mesmo a rejeitar publicamente algumas de suas crenças mais fundamentais.


Em resposta, surgiu um movimento de renovação apoiando de maneira apaixonada os clamores históricos da velha religião e convidando entusiasticamente os não-cristãos de todo o mundo a abraçar a fé antiga. Rejeitando o ceticismo dos líderes que já não acreditavam mais no Deus que faz milagres, integrantes do movimento de renovação argumentavam com veemência que seu Deus não apenas realizou milagres no passado, como também ainda transformava de maneira milagrosa aqueles que passavam a crer. O cerne da pregação desse grupo era um "novo nascimento", radical e miraculoso, que dava início a uma renovação e transformação moral profunda e definitiva. Com o tempo, o movimento de renovação floresceu de tal maneira que tornou-se um dos braços mais influentes da religião como um todo.

Não é surpresa o fato de que os números do movimento de renovação se traduziram em influência política. E o movimento tinha tanta confiança em suas crenças e afirmações que persuadiu os líderes da nação a fazer o governo trabalhar lado a lado com as organizações religiosas envolvidas com serviços sociais, a fim de resolverem juntos os graves problemas do país. Os adeptos do movimento de renovação sabiam que, na maioria das vezes, a miraculosa transformação moral de caráter acontecia quando pessoas quebrantadas abraçavam a grande religião. Eles também se uniam a políticos para fortalecer a definição tradicional de casamento, pois seus textos antigos ensinavam que a aliança vitalícia entre um homem e uma mulher é o cerne do propósito do Criador para a família.

Logo os pesquisadores começaram a fazer pesquisas de opinião. A despeito das afirmações ufanistas dos integrantes do movimento de renovação sobre a transformação
miraculosa, as pesquisas mostravam que os adeptos do movimento se divorciavam e batiam em suas mulheres tanto quanto seus vizinhos seculares. Eram tão materialistas quanto seus amigos pagãos e até mesmo mais racistas que eles. Frente a essa hipocrisia gritante, os céticos mais radicais riam de prazer cínico. A população em geral estava confusa e enojada. Muitos líderes do movimento de renovação simplesmente entravam no ritmo de seus programas promocionais, agora muito bem-sucedidos e altamente sofisticados. Outros choravam.

Este relato é um texto do livro: “Escândalo do comportamento evangélico” de Ronald J. Sider. Neste livro, o autor releva por meio de diversas pesquisas que o comportamento do “povo evangélico” não tem sido diferente daqueles que os evangélicos costumam chamar de incrédulos ou não convertidos.

Alisando questões como divórcio, imoralidade sexual, abuso físico no casamento, materialismo, racismo, etc..., o autor revela que o comportamento dos evangélicos é igual o daqueles que não professam e não vivem a fé evangélica. Isto é, o comportamento ético-moral de muitos evangélicos deixa muito a desejar, pois a verdades bíblicas não são vividas no dia a dia, revelando uma profunda distância e contraste entre o Evangelho apresentado pelo Senhor Jesus e vivido pela igreja primitiva com o Evangelho consumista, humanista, triunfalista, hedonista vivido hoje.

Qual é a realidade atual? Creio que Haddon Robison expressa isto quando disse: “Atualmente, muitas pessoas entram na igreja como consumidores numa loja. Se o produto lhes agrada, ficam por lá. Caso contrário, vão embora. As pessoas não conseguem mais imaginar uma igreja disciplinando-as, afinal é absurdo imaginar que uma loja poderia discipliná-las, Não é função do vendedor disciplinar o consumidor. O que acontece em nossas igrejas é que seus membros adquiriram uma mentalidade de consumidor.”

O que fazer? Talvez menos festas, menos shows, menos entretenimentos e mais contrição, confissão, arrependimento e comprometimento com Deus, quem sabe se Deus se voltará para nós e deixará uma bênção? Como o profeta Joel disse: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se... Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo ... Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?”


Rev. Luiz Carlos Correa

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O CONTRASTE ENTRE O JUSTO E O ÍMPIO - Sl 1.1-6


O Salmo 1 é uma significativa introdução para todo o Livro dos Salmos. Este primeiro salmo, composto de forma didática, começa com a palavra: bem-aventurado, que significa feliz. Entretanto, a felicidade das pessoas é conseqüência da relação que se tem com Deus.

Muita gente anda em busca da felicidade e procura por ela em diversos lugares e de diversas maneiras, mas neste salmo o salmista ensina: a) como alguém pode ser realmente feliz; b) como é possível encontrar a felicidade; c) onde está a felicidade.

Quando analisamos o salmo podemos constatar três importantes divisões: 1) A felicidade e a santidade do homem que teme ao Senhor, vs. 1-2; 2) O Contraste entre os justos e os ímpios, vs. 3-5; 3) As Conseqüências na vida de cada um, v. 6.


I) A felicidade e a santidade do homem que teme ao Senhor. O que significa ser bem-aventurado?Bem aventurado significa feliz. Mas não uma felicidade qualquer, e sim, uma felicidade que conseqüência de uma comunhão profunda com Deus. Uma felicidade de um coração que está em paz com Deus.

Quem é bem-aventurado? Não é qualquer um, mas um tipo específico de Homem! É o homem que teme ao Senhor! O salmista diz três coisas acerca deste homem que teme ao Senhor:
1) Ele não anda no conselho dos ímpios. Quem são os ímpios? a) pessoas que não temem a Deus; b) pessoas que não respeitam as verdades espirituais; c) pessoas que têm suas próprias opiniões sobre a vida, sobre relacionamentos independentes de Deus.

2) Ele não se detém no caminho dos pecadores. Segundo o salmista, os pecadores têm um caminho particular de transgressão. O salmista diz: a) Evita fazer o que eles fazem; b) Evita seguir os caminhos que eles seguem; c) Evita estar onde eles estão. Por que o salmista diz isto? Porque: a) A conversa deles são más e cheias de mentiras; b) Eles não têm juízo e não querem fazer o bem.

3 – Ele não se assenta na roda dos escarnecedores. O escarnecedor é alguém orgulhoso de sua habilidade natural, de seu conhecimento, de sua sabedoria e de sua justiça e retidão. O que ele faz? Zomba e ridiculariza de tudo que é sagrado.

II) O Contraste entre os justos e os ímpios
Salmista faz um contraste entre os justos e os ímpios. Ele diz que os justos são: a) como árvore plantada junto das correntes de águas; b) que, no devido tempo, dá o seu fruto; c) cuja folhagem não murcha; d) tudo quanto ele faz será bem sucedido. Entretanto, sobre os ímpios ele diz: Os ímpios não são assim. Como eles são: a) Não são como o homem bem-aventurado; b) Não se comportam como ele; c) Não tem a mesma perspectiva de vida. Os ímpios são diferentes! O salmista afirma são, porém, como a palha que o vento dispersa. Isto é, algo sem valor, material usado para alimentação de gado.

III) As Conseqüências na vida de cada um

O salmista vê algumas conseqüências na vida dos justos e dos ímpios. Conseqüências por causa da opção de vida, da escolha de cada um.

Quanto aos ímpios o salmista declara: 1) Os perversos não prevalecerão no juízo. O que isto significa? É que o ímpio será julgado e receberá a condenação de acordo com as coisas que fez na vida e como conseqüência eles serão achados culpados e serão lançados no inferno; 2) Nem os pecadores, na congregação dos justos. O que isto significa? Os ímpios serão impedidos de participarem da comunidade daqueles que servem e adoram a Deus para sempre, porque não há lugar onde Deus é adorado para os ímpios; 3) Mas o caminho dos ímpios perecerá. O que isto significa? O perverso não tem futuro e terá um fim trágico!

E quanto aos justos? O salmista afirma: “pois o Senhor conhece o caminho dos justos”. Por isso ele diz no Salmo 5.11,12: “Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua benevolência”

Há uma diferença muito grande entre a vida do ímpio e a vida do que teme ao Senhor. São caminhos diferentes! Um é como: Uma árvore plantada junto as correntes de Águas! O outro é como: A palha que o vento dispersa. E você? Você é o que? Árvore ou Palha?

Rev. Luiz Carlos Correa

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O DIA DA INDEPENDÊNCIA CHEGOU!


“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,” (Lc 4.18)



João Batista começou seu ministério pregando: “arrependei-vos , porque está próximo o reino dos céus.” (M t3.2). Esta mensagem anunciava a irrupção do Reino de Deus que se manifestou na pessoa do Senhor Jesus, através dos sinais e prodígios, curas, maravilhas, expulsão de demônios.

Jesus revelou essa irrupção do reino de Deus quando declarou sua missão na sinagoga em Nazaré: proclamação de libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos.


O senhor Jesus veio trazer libertação, por isso ele diz “se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo 8.36) . Ele portanto, é o nosso grande libertador, aquele que proclamou e realizou a nossa independência quando morreu na horrenda cruz. Independência do poder e escravidão do pecado e do poder de Satanás. O apóstolo Paulo compreendendo a grandeza dessa poderosa ação libertadora de Jesus, disse: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...,” (Ef 2.1).


Jesus Cristo na cruz do calvário mudou a nossa sorte, mudou a nossa história. Ele é o nosso libertador. Ele é aquele que na cruz declarou que o dia da Independência chegou. O dia libertação da tirania do pecado, da opressão de Satanás, do afastamento de Deus por causa do nosso pecado chegou. Então, se tornou realidade que com a sua morte e ressurreição, Jesus constituiu para si mesmo um povo zeloso de boas obras.


A mensagem que Jesus tem para cada um de nós é: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mt 11.28). Porque nele, exclusivamente na pessoa dele, do Senhor Jesus, o dia da Independência chegou!


Rev. Luiz Carlos Correa